quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sonhando a cidade

De um traço no papel, surge um projeto, e do pensamento de um homem, o sonho, a esperança, a certeza de um futuro melhor. Das diferentes culturas das diferentes etnias, a chamada miscigenação, nasce a cidade. Na terra vermelha, a seca, o pé no chão, a liberdade, no horizonte do planalto encontra-se serventes, lavadeiras, comerciantes, arquitetos vivendo a cidade, que vai brotando do chão.

O plano está pronto, novos moradores convidados. A festa grandiosa no planalto projetado, os espaços preenchidos, e todos desejando acessar o novo lugar. Os problemas vão surgindo, a fome, a miséria, o transito pesado, a cidade pulsa, tornando o devaneio distante de um paraíso a se morar.

É preciso renascer, repensar a cidade, continuar da forma que está tornará um lugar insuportável para se habitar. O sonho vai perdendo o sentido, o menino não tem mais onde brincar. As largas pistas, que aos domingos é ocupado pela população, são tomadas durante a semana por veículos que atrapalham a circulação.

Surgem soluções, governos prometem melhorias, para a sobrevivência do caos, manter a cidade como ela era antes, em que todos acreditavam ser o espaço ideal. Ao fim, descobre-se que o sonho do arquiteto era apenas uma utopia. Mas, apesar de convidativa, a cidade construída não tem mais espaço para todos.

A esperança permanece, a luta pelos objetivos continua, A paixão se torna motivação para lutar pelo Direito a Cidade, e tirar do papel as perspectivas do arquiteto, e assim alcançar a Terra do Nunca, a cidade desejada.

Autoria: Anatalia Araujo

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